sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Espaços Pop-Up - Guimarães 2012 CEC

















CONCEITO
Perante o desafio proposto - uma ocupação temporária, low-cost e inovadora para espaços devolutos - propôs-se uma “loja” onde os objectos expostos, apesar de próximos do tecido empresarial e comercial da cidade, não estavam à venda, mas ajudavam a vender uma ideia de cidade/ região

Estes objectos, exactamente por resultarem de processos criativos, acredita-se serem representativos das pessoas e de uma certa forma de pensar que faz parte das especificidades da região. E por isso, são aqui usados como pretexto para desafiar o visitante a visitar os locais onde são produzidos/ comercializados, colocando-o no centro deste processo, obrigando-o a percorrer os percursos sugeridos entre estes dois pontos e nestas deslocações a visitar o verdadeiro motivo da exposição – a cidade.

Tratava-se de uma intervenção inclusiva no sentido de integrar no mesmo gesto os criadores, os visitantes, o tecido empresarial e comercial da cidade e no sentido mais lato, a própria cidade.















OBJECTIVOS
- divulgar uma produção resultante de processos criativos mas que fica fora dos percursos expositivos. Uma exposição de objectos, quer na sua vertente mais industrial quer na sua vertente mais artesanal, cruzando design industrial com artesanato, nas suas expressões mais contemporâneas ou tradicionais. Numa pretensa representação da cidade pelos objectos aí produzidos.
- relacionar os objectos expostos com espaços físicos - as empresas, lojas, ateliers – da cidade que os produzem / comercializam, fornecendo ao visitante uma proposta de visitas/ percursos pela cidade com inicio na exposição, relacionando a produção industrial e artesanal da cidade com a sua morfologia, características, particularidades e pessoas, fazendo da cidade o verdadeiro objecto da exposição.
- potenciar a divulgação de indústrias criativas da região, relacionando-o com um dos sub-temas fortes da CEC e com os novos projectos para a cidade.












MOMENTOS
A concretização da loja corresponde à sucessão de 5 momentos distintos. Os materiais escolhidos são materiais banais, fáceis de encontrar e que reflectem a oferta comercial e industrial da região, de forma a potenciar possíveis patrocínios.   
1 - delimitação da área de intervenção dentro do espaço disponível pela pintura de parede e pavimento em cor negra ou em alternativa, revestimento em alcatifa industrial da mesma cor;
2 - delimitação superior por calha pintada à mesma cor que alberga iluminação constituída por lâmpadas fluorescentes lineares e calha para suspensão de objectos;
3 - constituição de pódios em cartão canelado prensado colado. Pódios com dimensões diferentes para colocação de objectos com volumes diferentes. A variação produzida acrescenta alguma dinâmica e introduz mais possibilidades de composição com os restantes elementos da exposição;
4 - identificação dos objectos através de linhas feitas com fita-cola reflectora sobre a parede negra que conduzem a um símbolo (numero, letra). As linhas remetem para a ideia de percurso (ver ponto seguinte) e os símbolos remetem para a necessidade de uma chave;
5 - mesa para colocação de panfletos com a chave para identificação dos objectos/ autores e mapa da cidade com indicação de vários percursos até ao locais/ lojas/ ateliers/ empresas onde são vendidos/ produzidos os objectos.
















VARIANTES
Foram apresentadas 3 formas distintas de concretização da exposição com base no mesmo conceito:
Passagem: corresponde a 1 conjunto de módulos em local de passagem protegido (corredor em espaço comercial, local de passagem de acesso a exposições, eventos no âmbito da CEC.
Loja: corresponde à colocação de 2 conjuntos de módulos em paredes opostas numa loja devoluta com frente para a rua ou integrada em centro comercial. Obriga o visitante a entrar no espaço. Os panfletos ficam colocados em mesa central ao espaço.
Montra: corresponde à colocação de 1 conjunto de módulos no interior de uma loja, orientado para uma montra. O visitante não entra no espaço. Os panfletos ficam colocados em suporte fixo ao vidro com acesso pelo exterior.



















The challenge was to propose a temporary, low-cost and innovative occupation for vacant sites. It was presented a "store" where the objects on display, although close to the business and commercial city, were not on sale but could help to sell an idea of city. 

These objects, precisely because they result from creative processes, we believed to be representative of the people and a certain way of thinking that is part of the region's specificities. And so, were used here as a pretext to challenge the visitor to visit the places where they are produced / sold, putting him in the center of this process, forcing him to walk the proposed route between these two points and in these travels to visit the real reason of the exhibition - the city. 

It was an inclusive intervention because it incorporated in the same gesture, creators , visitors, the business and commercial fabric of the city and in the broadest sense, the city itself.

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